02 março 2007

PERIFERIA

Na casa da Dona das Dores, lá na Cerâmica Cil (periferia da periferia de Teresina), quando chove, o piso feito de terra batida amolece. Ela não sabe dar nenhuma explicação científica para o “fenômeno”, mas garante que “é só cair umas chuvas grossas” que o problema reaparece. "A gente precisa botar força pra despregar o pé do chão", falou Dona das Dores com um misto de amargura e conformismo na voz.

A umidade do piso acelera a degradação dos móveis surrados e torna o ambiente propício para a proliferação de mofo e doenças respiratórias. Os moradores da pequena casa de taipa não conseguem, se quer, manter os pés limpos mesmo estando calçados.

Fora isso, só o esgoto a céu aberto na frente da casa, a rua sem calçamento e um terreno vizinho que acumula tanta água que mais parece uma lagoa. Ah! Tem um inconfundível cheirinho de merda de porco que domina todo o ambiente.

Será que o boleto com a taxa do IPTU já chegou por lá?
fotos: Rômulo Maia

Um comentário:

  1. seu cabeça de pote!
    tu nem postou minhas fotos!!!
    seu caburé cruvino!!!

    Xêru!

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