por Rômulo Maia
fotos: Edicélio/FCMC
Mãos que dão vida a bonecos. Linguagens e movimentos que fascinam e despertam a curiosidade dos espectadores. Manifestação tipicamente popular, que no Brasil surgiu no Nordeste e se propagou por todo o país através de artistas mambembes. Arte que não exige, necessariamente, palco ou holofotes e pode acontecer por detrás de uma cortina colorida feita de chita.
Assim acontece o teatro de bonecos em seus diferentes formatos (teatro de marionetes, de fantoches, de ventríloquos, das sombras e negro).
Mesmo carregados de significâncias, os mamulengos andam em baixa no Piauí, seja pela falta de incentivo ou pela influência predatória da cultura globalizada, que se impõe de forma massiva através dos grandes veículos midiáticos.
E foi reconhecendo a necessidade de fortalecer esse patrimônio imaterial do povo brasileiro que a Fundação Cultural Monsenhor Chaves (FMC) organizou uma programação voltada essencialmente para o teatro de bonecos. Wellington Sampaio, coordenador da I Mostra de Teatro de Bonecos de Teresina, diz que a idéia é trazer de volta a força dos mestres mamulengueiros e levar os bonecos de volta para as ruas, praças e mercados públicos, berços dessa manifestação.
O evento começou na noite de ontem (5) e se estende até domingo (7). Na programação, espetáculos, apresentações, rodas de mamulengos e oficinas divertem o público e disseminam as técnicas entre mestres veteranos e aprendizes.
O mestre Chico Simões, natural de Brasília – DF, abriu a Mostra no Teatro de Arena (na praça da Bandeira) com “O romance do vaqueiro Benedito”, um espetáculo carregado de elementos nordestinos.
Simões é referência no país quando o assunto é teatro de bonecos. Ele conta que o mamulengo foi seu primeiro trabalho e “será o último”. Com 46 anos de idade e mais de 100 apresentações por ano, o mestre fala que compõe seus personagens e apresentações inspirado no Nordeste, seu povo, usos e costumes. Região que, segundo ele, convive permanentemente com “a contradição entre riqueza cultural e pobreza econômica”.
Para Chico Simões, “dar vida a bonecos” é tão arte quanto as manifestações que vêm da Europa e do eixo Sul/Sudeste do Brasil. E afirma que através de elementos como o boi, os fantoches simbolizam a energia, a força e a mansidão do povo simples dos rincões.
Arte que se renova – Na I Mostra de Teatro de Bonecos de Teresina a única apresentação que vem do interior do Estado é a “Passagem da Coluna Prestes em Pio IX”, elaborada por estudantes do município de Pio IX, distante 434 km de Teresina.
O criador dos bonecos e um dos idealizadores do roteiro da apresentação é o jovem Graziane de Sá, de 19 anos. O estudante começou a brincar com fantoches quando tinha 13 anos, mas aprendeu a construir seus personagens há menos de dois meses com o mestre Afonso Miguel, durante uma oficina ministrada no aniversário da pequena cidade.
A única pretensão que Graziane nutre com os mamulengos é manter viva a cultura popular do município. “Para ser profissional é necessário muita dedicação e meus objetivos de vida são outros”, explica o jovem, que cursa o 3° ano do ensino médio e se prepara para o vestibular de medicina e jornalismo, na Uespi e Ufpi, respectivamente.
Os piononenses apresentam “A passagem da Coluna Prestes em Pio IX” às 09h do domingo, no Teatro Municipal João Paulo II.
Mãos que dão vida a bonecos. Linguagens e movimentos que fascinam e despertam a curiosidade dos espectadores. Manifestação tipicamente popular, que no Brasil surgiu no Nordeste e se propagou por todo o país através de artistas mambembes. Arte que não exige, necessariamente, palco ou holofotes e pode acontecer por detrás de uma cortina colorida feita de chita.
Assim acontece o teatro de bonecos em seus diferentes formatos (teatro de marionetes, de fantoches, de ventríloquos, das sombras e negro).
Mesmo carregados de significâncias, os mamulengos andam em baixa no Piauí, seja pela falta de incentivo ou pela influência predatória da cultura globalizada, que se impõe de forma massiva através dos grandes veículos midiáticos.
E foi reconhecendo a necessidade de fortalecer esse patrimônio imaterial do povo brasileiro que a Fundação Cultural Monsenhor Chaves (FMC) organizou uma programação voltada essencialmente para o teatro de bonecos. Wellington Sampaio, coordenador da I Mostra de Teatro de Bonecos de Teresina, diz que a idéia é trazer de volta a força dos mestres mamulengueiros e levar os bonecos de volta para as ruas, praças e mercados públicos, berços dessa manifestação.
O evento começou na noite de ontem (5) e se estende até domingo (7). Na programação, espetáculos, apresentações, rodas de mamulengos e oficinas divertem o público e disseminam as técnicas entre mestres veteranos e aprendizes.
O mestre Chico Simões, natural de Brasília – DF, abriu a Mostra no Teatro de Arena (na praça da Bandeira) com “O romance do vaqueiro Benedito”, um espetáculo carregado de elementos nordestinos.
Simões é referência no país quando o assunto é teatro de bonecos. Ele conta que o mamulengo foi seu primeiro trabalho e “será o último”. Com 46 anos de idade e mais de 100 apresentações por ano, o mestre fala que compõe seus personagens e apresentações inspirado no Nordeste, seu povo, usos e costumes. Região que, segundo ele, convive permanentemente com “a contradição entre riqueza cultural e pobreza econômica”.
Para Chico Simões, “dar vida a bonecos” é tão arte quanto as manifestações que vêm da Europa e do eixo Sul/Sudeste do Brasil. E afirma que através de elementos como o boi, os fantoches simbolizam a energia, a força e a mansidão do povo simples dos rincões.
Arte que se renova – Na I Mostra de Teatro de Bonecos de Teresina a única apresentação que vem do interior do Estado é a “Passagem da Coluna Prestes em Pio IX”, elaborada por estudantes do município de Pio IX, distante 434 km de Teresina.
O criador dos bonecos e um dos idealizadores do roteiro da apresentação é o jovem Graziane de Sá, de 19 anos. O estudante começou a brincar com fantoches quando tinha 13 anos, mas aprendeu a construir seus personagens há menos de dois meses com o mestre Afonso Miguel, durante uma oficina ministrada no aniversário da pequena cidade.
A única pretensão que Graziane nutre com os mamulengos é manter viva a cultura popular do município. “Para ser profissional é necessário muita dedicação e meus objetivos de vida são outros”, explica o jovem, que cursa o 3° ano do ensino médio e se prepara para o vestibular de medicina e jornalismo, na Uespi e Ufpi, respectivamente.
Os piononenses apresentam “A passagem da Coluna Prestes em Pio IX” às 09h do domingo, no Teatro Municipal João Paulo II.
publicado originalmente no http://www.acessepiaui.com.br
Fantoches! Marcos Rey
ResponderExcluirum bom livro sobre essa criatura fabulosa chamada boneco de mão!