No cruzamento da Rua Desembargador Pires de Castro com a Avenida Frei Serafim, pedreiros e máquinas trabalham na construção de mais uma agência do banco Itaú.
O prédio antigo foi cercado por tapumes. Nas folhas de compensado laranja, letras garrafais anunciam: “Itaú: mais uma agência feita para você.”
É impossível não enxergar-perceber-interpretar-raciocinar que Teresina contará, dentro de poucos meses, com mais uma linda, confortável e cheirosa agência de abate financeiro.
Era o que eu pensava...
Seis horas da tarde, horário de pico no trânsito da capital. Dezenas de carros na rua. Buzinas, faróis, motores, fumaça.
No interior de um ônibus coletivo, meus pensamentos vagavam na velocidade do veículo: bem lentamente.
Despertei com o tagarelar de duas mulheres paradas ao meu lado. Pela farda, acabavam de deixar o serviço. Falavam mal dos colegas e chefes, conversa típica para o horário.
Já me divertia com a tacada de pau na vida alheia quando o papo mudou bruscamente. Cruzávamos pela tal obra do Itaú. Os tapumes laranja e as letras garrafais continuavam lá, intactos. O que não evitou um rompante “Mãe Diná” das companheiras de condução:
- Mulher, tenho certeza que isso aí vai ser uma academia.
A outra, não menos mística, rebateu:
- Rum! Isso tem cara é de clínica.
No interior do ônibus coletivo, meus pensamentos tornaram a vagar na velocidade do veículo: bem lentamente.
O prédio antigo foi cercado por tapumes. Nas folhas de compensado laranja, letras garrafais anunciam: “Itaú: mais uma agência feita para você.”
É impossível não enxergar-perceber-interpretar-raciocinar que Teresina contará, dentro de poucos meses, com mais uma linda, confortável e cheirosa agência de abate financeiro.
Era o que eu pensava...
Seis horas da tarde, horário de pico no trânsito da capital. Dezenas de carros na rua. Buzinas, faróis, motores, fumaça.
No interior de um ônibus coletivo, meus pensamentos vagavam na velocidade do veículo: bem lentamente.
Despertei com o tagarelar de duas mulheres paradas ao meu lado. Pela farda, acabavam de deixar o serviço. Falavam mal dos colegas e chefes, conversa típica para o horário.
Já me divertia com a tacada de pau na vida alheia quando o papo mudou bruscamente. Cruzávamos pela tal obra do Itaú. Os tapumes laranja e as letras garrafais continuavam lá, intactos. O que não evitou um rompante “Mãe Diná” das companheiras de condução:
- Mulher, tenho certeza que isso aí vai ser uma academia.
A outra, não menos mística, rebateu:
- Rum! Isso tem cara é de clínica.
No interior do ônibus coletivo, meus pensamentos tornaram a vagar na velocidade do veículo: bem lentamente.
Que bom, cara! Quando é só a falta de noção (total, aliás) ainda não é tão ruim. Bom, ruim, a desinformação sempre é (demais), mas poderia ser pior: quando começei a ler achei que o comentário seria outro, mais preocupante, tipo "Eita, mulhé, vai abrir um Itaú, bora pegar um dinheiro pra compra umas coisinha"
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