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Foto: Regis Falcão |
A censura oficial está imposta no Piauí. Quase todos os grandes meios de comunicação do Estado estão alinhados à prefeitura de Teresina e ao empresariado que controla o sistema de transporte público da capital.
A linha editorial de dois dos três principais jornais impressos e de todas as emissoras de televisão criminaliza o movimento popular que está há quase duas semanas nas ruas. Portais e rádios também não estão imunes.
Jornalistas que mantêm a atuação livre sofrem pressões diretas e indiretas de membros da gestão do Executivo municipal. Conteúdos postados em blogs e nos perfis das redes sociais dos profissionais são monitorados.
Twitter, Facebook e blogs são os meios encontrados pelos defensores da causa para romper as barreiras midiáticas e difundir a verdade sobre as manifestações contra o modelo de integração e o aumento da passagem de ônibus em Teresina.
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Foto: Regis Falcão |
Repressão
Jornalistas e fotojornalistas também são vítimas da repressão policial em Teresina.
O repórter Cícero Portela foi agredido por homens na Rua 1º de maio, nas proximidades da Avenida Frei Serafim. O jornalista fazia imagens de PMs prendendo um estudante durante uma das manifestações quando teve o cartão de memória da máquina fotográfica roubado. Dois policiais assistiram impassíveis à cena.
O fotógrafo Bruna Silva também teve o equipamento avariado quando registrava a ação da polícia. “Um policial da cavalaria atingiu meu equipamento com um cassetete”, conta. Logo depois, homens da tropa de choque levaram o profissional detido para a Central de Flagrantes da cidade. No caminho, os PMs retiraram o cartão de memória da máquina.
“Antes de entrar no camburão um policial tomou a máquina e ficou mexendo. Quando chegou na Central de Flagrantes a máquina tava sem o cartão e danificada”, relata Bruno, que foi liberado logo após esclarecer o que estava fazendo na manifestação. A memória do equipamento foi devolvida no dia seguinte a um amigo do fotógrafo.
Os jornalistas Igor Prado, Rômulo Maia e Regis Falcão também relatam ter sofrido ameaças da polícia durante as coberturas dos protestos.
Vivemos dias sombrios na banda de cá do Brasil.
O horror, o horror!
ResponderExcluirO horror, o horror!
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