Beatriz vem aí!

Vai nascer branquela de cabelos “toin-toin”, com olhos que brilham e sorriso fácil. Por isso mesmo nem vai chorar ao ser apresentada ao mundo. E mesmo que um tapa no bumbum lhe arranque lágrimas, rancor não restará. É só mais um, diante dos muitos que virão.

Dando uma de véia mandigueira, me arrisco a dizer que Beatriz não vai gostar dessas historinhas clichês, com princesas-choronas-reféns-de-vilões-cruéis-e-libertadas-por-mocinhos- encantadores. Quando aprender a falar, vai pedir antes de mimir: "Mãmã, conti piada besta pra mim, conti!"

A hora do gagau terá seus dilemas: mamadeira de leite ou de suco. Ó dúvidas cruéis!

Vai ser vaidosa, mas nunca uma patricinha afrescalhada.

Se terá bonecas? Evidente. Mas será impossível nas brincadeiras de “Pega!” com os cabinha de colégio. Vai saber se misturar.

Boa aluna? Não sei. Certamente uma excelente amiga. Companheira como poucas. Dessas que dividem a última colherada de brigadeiro.

A Beatriz será assim, se puxar à mãe.




P.S: Minha amiguinha Thalynne é quem tá guardando a Beatriz no bucho.