Uma chinesa passeava por Teresina quando foi assaltada. Perseguido por populares, o ladrão engoliu o colar antes de ser pego e levado para a Central de Flagrantes de Teresina.
Foi lá que me deparei com vítima e acusado. Ele, sem nada a declarar. Ela, mesmo com um português permeado de “L” fora do lugar, conversou comigo sem grandes dificuldades.
Na verdade, embaraços tive eu. Principalmente para entender o nome da estrangeira. Meus ouvidos piononenses não conseguiram decifrar aqueles sons complexos.
Sem ter para onde apelar, pedi que ela escrevesse o nome em meu bloco. Me torei certinho. Olha como a moça se chama:
Era inadmissível chegar na redação sem o nome da principal personagem da matéria. Insisti, conversei, brinquei até lembrar que chinesa tinha documentos. Thanrannnnnnn!!!! E o melhor: na papelada, a identificação é em inglês. Assim, descobri, enfim, o nome da moça: Zuruou Baozu.
Esperta, Zuruou percebeu meus atropelos e tentou ensinar alguns coisinhas em sua língua.
Para minha “namolada”, recomendou:
Logo depois desenhou:
Tudo fácil, fácil... Pra ela!
Satisfeito com o meu português amador, deixei Zuruou na sala de espera da Central de Flagrantes. Do final do corredor ainda escutava sua fala. Ela explicava ao assaltante que o colar roubado tinha apenas valor sentimental. Que não renderia mais de R$ 20 a ele. Se devolvido, ninguém teria problemas com a polícia.
O problema é que o objeto ainda estava no buxo de João, o afanador.
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Dorgas, mano!
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