06 dezembro 2009

O conto do dedo sujo

É como um menino que zomba do tropeção do outro que PT e DEM do Piauí tratam o escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). Longe de estarem impressionados, os deputados piauienses cuidam apenas do revanchismo. Passando por um gabinete, dia desses, até pensei ter ouvido um “Ói! Ói!”

“É preciso que a gente, pra criticar e apontar o dedo, tenha o dedo limpo”, comentou o deputado estadual Cícero Magalhães (PT). O tal do “dedo sujo” é dos Democratas, que atacam o governo Lula e o PT desde 2005 – quando estourou o “mensalão” dos aliados do Palácio da Alvorada – e agora têm o próprio esquema de corrupção para esclarecer.

Na opinião do deputado Edson Ferreira (DEM), o escândalo de Brasília serviu como uma espécie de alento para os petistas. “Quem fazia críticas profundas era o PT. Só que depois que o PT virou governo os escândalos foram tantos que aí eles estão até satisfeitos que apareceu esse novo escândalo lá em Brasília.”

Talvez acostumado com práticas de natureza corruptal, o parlamentar do DEM disse que “nenhum partido está imune a isso [corrupção].” Uma triste constatação. “Nem o PDT, nem o Democratas, nem PT, nem PSDB, não tem nenhum partido imune. Até porque os partidos são representados em todos os estados da federação e evidentemente que ninguém tem controle sobre filiado A ou filiado B dentro do território nacional.”

Se o dedo de todo mundo tá melado, melhor deixar quieto. A lógica é mais ou menos essa. Não gostou? Mete o dedo no monossílabo e cheira!

Um comentário:

  1. Meudeusdocéu!O foco da questão é completamente desvirtuado!

    Indignação agora parece até ingenuidade...

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