Li no portal de notícias do Estadão uma matéria falando do avanço do crack no Brasil. “Vou repercutir isso”, pensei. De pronto peguei o telefone e liguei para o delegado João José, o J.J, titular da Delegacia de Entorpecentes.
- Alô! Delegado J.J?
- Pronto!
- Delegado, aqui é o Rômulo Maia, repórter do Acessepiauí, tudo bom?
- Diga Rômulo.
Perguntei a ele sobre o tráfico de crack no Piauí, se as apreensões aumentaram e a quantidade de droga recolhida pela Entorpecentes em 2008.
As respostas para a primeira e terceira perguntas foram vagas, confusas e quase incompreensíveis (o delegado não tem uma dicção muito boa). Para a segunda, uma resposta interessante. J.J falou que em apenas duas operações realizadas nesse final de ano a polícia apreendeu quantidades de crack superiores a tudo que foi recolhido da droga no ano de 2007.
Teoricamente a informação constatava o avanço do entorpecente, mas, mesmo assim, perguntei:
- Delegado, então isso mostra que tem mais droga no mercado? Que tá circulando mais crack no tráfico? Ou apenas que a polícia atuou mais?
E ele:
- A polícia tá fazendo o trabalho dela. Se tem mais droga, eu não sei dizer... Não sou traficante. Eles quem sabem disso, né?
- É...
J.J sorriu secamente e lançou a deixa para finalizar o telefonema:
- Era isso?
- Era! Era! Brigado delegado.
xxxx
Placar:
J.J. 1 x 0 Rômulo
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