Entrevista com o jornalista e escritor Paulo Cesar de Araújo, autor na biografia não autorizada do Saci Pererê robótico da música brasileira, Roberto Carlos.
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Censura a biografia explicita limitações e
contradições do ser humano Roberto Carlos
Em poucas ocasiões no ano, Teresina, capital do Piauí, torna-se referência nacional por sediar eventos culturais e shows de grande porte. Pois quis o destino, em uma das suas traquinagens juvenis, que, no dia 08 de junho de 2009, o cantor Roberto Carlos e o jornalista e escritor Paulo Cesar de Araújo estivessem na mesma cidade e hospedados no mesmo hotel. O “Rei da música brasileira” para comemorar seus 50 anos de carreira. O escritor para falar a olhos e ouvidos curiosos sobre um de seus livros, no Salão do Livro do Piauí.
A coincidência seria banal, se separados apenas por andares, fechaduras e alguns seguranças não estivessem ídolo e fã; objeto de estudo e pesquisador; processante e réu. A última vez que Roberto Carlos e Paulo Cesar estiveram mais próximos havia sido em um tribunal. O primeiro querendo impedir que o livro “Roberto Carlos em detalhes”, de autoria do segundo, circulasse pelo país.
Enquanto, provavelmente, o Rei esquentava o gogó para mais um show, o Portal AZ sentava em uma mesinha simples, nos bastidores do Theatro 4 de Setembro, para conversar com o escritor. E foi com a mesma naturalidade e calma com que provou pela primeira vez um suco de cajá – “Cajá!? Aceito.” -, que Paulo Cesar de Araújo falou da censura à sua obra e disse que Roberto Carlos tem que temer ficar conhecido como “o cantor que proibiu uma biografia, uma obra literária”.
Para o autor, os esforços do astro da música em impedir que sua biografia não autorizada circule é frustrante e apenas explicitam as limitações e contradições do ser humano Roberto Carlos. Mas nos 10 minutos de entrevista ficou evidente que há uma coisa que a alteza da música brasileira não pode impedir: que Paulo Cesar seja um dos grandes admiradores da sua obra. Uma declaração deixa isso claro: “Ele brigou comigo, eu não briguei com ele; ele me processou, eu não processei ele. Não interfere em nada. Eu não vou achar agora Detalhes uma canção menor porque o Roberto Carlos me processou. Eu apenas lamento a decisão que ele tomou, mas isso não interfere na minha análise da obra dele.”
Sem mais detalhes, leia a entrevista completa clicando aqui.
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