No dia 10 de junho deste ano, o jornalista de carreira e escritor Zuenir Ventura, 78 anos, recebeu na Assembléia Legislativa do Piauí, em Teresina, o título de cidadão piauiense. Zuenir participou da solenidade estampando no peito um adesivo em defesa da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
O responsável por fixar o adesivo no blazer do escritor foi o jornalista Luis Carlos Oliveira, que preside o Sindicato dos Jornalistas do Piauí. Sete dias depois daquele episódio, o Supremo Tribunal Federal derrubaria, por oito votos a 1, a obrigatoriedade do diploma. Decisão que irritou e insuflou a acomodada classe, que usou nada além que nicks do MSN e algumas linhas do noticiário para exercitar a parcialidade e expor sua indignação.
Bom, encuquei com o adesivo. “Porque o Zuenir, jornalista de batente, defende o diploma?”, pensei. Quando ele desceu da tribuna e foi para a área onde estavam servindo um coquetel em sua homenagem, o abordei: “Eu tô vendo que o senhor tá com esse adesivo da campanha em defesa do diploma...” Ele olha pra baixo, lê a mensagem do adesivo e me interrompe: “Pregaram aqui e eu não vi o que era.”
Pergunto então sua opinião. Contra ou a favor da obrigatoriedade do diploma? Zuenir Ventura, no alto dos seus 52 anos de carreira, alguns prêmios Esso conquistados e várias grandes reportagens escritas, apenas curva a cabeça, fixa rapidamente o horizonte para depois me encarar e responder, em uma clara defesa do ensino superior:
“Eu sou contra o diploma, mas a favor das escolas de Jornalismo. Meu filho, por exemplo, fez escola de Jornalismo. Eu não fiz. E ele chegou mais bem preparado ao jornalismo do que eu. Eu acho que quando essa discussão é colocada em torno do diploma - a favor ou contra - ela tá desvirtuada, porque não é por aí. É importante ter escolas de Jornalismo, é importante melhorar as escolas de Jornalismo. Eu lecionei durante 40 anos em escolas de Jornalismo e elas são precárias, são deficientes, como, aliás, o ensino todo no país. As de Engenharia são assim, as de Direito, de Medicina... Tem que melhorar. E as empresas têm que dar a sua contribuição, em uma espécie de convênio, de parceria para melhorar essa situação. Eu queria deixar claro que sou a favor das escolas de Jornalismo, da melhoria das escolas de Jornalismo, do aperfeiçoamento da nossa profissão através da Universidade.”
Uma aula para os manifestantes do MSN! Diploma não é nada. Nadica mesmo. Importante é a qualidade da formação do profissional. Uma tecla que poucos batem.
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ResponderExcluirAí dento, Romdell!!!
ResponderExcluirE quanto a você, jornalista Rômulo Maia, deixe de assediar velhinhos: chega logo perguntando pelo que há de saliente no corôa!